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A Exposição Temática da Memória Indígena em Castro tem cunho didático e objetiva levar ao conhecimento, da comunidade castrense e da região, as memórias indígenas – regional e nacional. Ocorre anualmente no mês de abril e consta, nos registros da Casa da Praça, a visitação média de 2 mil pessoas por exposição.
Esta sétima edição acontece até 6 de maio de 2012, na Casa da Praça e conta com a parceria do C.R.I.M.Ĩ - Instituto para o Resgate Crítico da Memória Indígena (o que ocorre desde a primeira edição), e participação do Museu do Tropeiro, do Museu Campos Gerais – da UEPG, do Museu do Garimpo de Tibagi - empréstimo de peças do acervo- e de artistas locais colaboradores.
Além das peças museológicas, como: Tipiti (cesto cilíndrico longo para extração da seiva da mandioca), lâmina de machado lítico (pedra), telha goiva do período Jesuítico (Redução Santo Inácio Mini), fragmentos de cerâmica indígena, peças de sítios arqueológicos – lítico e cerâmico, entre outros. A exposição apresenta também protótipos de casas indígenas típicas de diferentes etnias, a alimentação e tecelagem indígena – cestos, arcos, flechas, adornos; sala destinada à abordagem da espiritualidade indígena; mapa indicativo do caminho do Peabiru; e oficina artística de biscuit destinada ao publico infantil a qual abordará o tema desenvolvido em aproximadamente 20 minutos de duração.
A “7ª Exposição Temática da Memória Indígena Em Castro” apresenta também o livro a “A Lenda do Itacolomi”
Artista plástico, ilustrador e chargista, Walter Hauer residiu por cinco anos no município de Penha, SC, na Praia da Saudade onde existe uma oficina olítica pertencente à tribo indígena Carijó que ocupou aquele território no tempo em que o Brasil se chamava Pindorama.
Esta oficina despertou no artista a curiosidade e foi o ponto de partida para a criação do livro “A lenda do Itacolomi”, um conjunto de ilhas próximas à Ilha Feia. Juntando explicações científicas, referências recentes de arqueólogos e antropólogos à lenda do Itacolomi, Walter passou a construção do texto adequando a “velha história às novas descobertas”. Segundo o artista, A lenda do Itacolomi, relatava um confronto desencadeado por uma promessa de casamento entre a filha do Tuxáua Carijó com o filho do Tuxáua Bugre, que não se concretizando devido a um romance da jovem com um náufrago, consentido pelo Tuxáua Carijó, gerou um conflito entre as tribos levando-as ao genocídio mútuo sem diferenciar guerreiros de velhos, mulheres e crianças. Mas, segundo a visão do autor, esta lenda não reflete a realidade de nenhuma das tribos.
O livro “A lenda do Itacolomi”, com setenta e nove ilustrações e texto de Walter Hauer, propõe uma adaptação desta lenda que busca uma alternativa mais próxima da realidade das tribos, preservando a estória de amor. As ilustrações foram rascunhadas a lápis e borracha em papel sulfite, depois filetadas com nanquim, coloridas e finalizadas por computador. Alguns detalhes foram coloridos com diferentes técnicas para que fosse estudada qual oferecia a melhor qualidade.
Walter Hauer é autodidata em desenho, nascido em 5 de fevereiro de 1951 em Curitiba, Paraná.
Serviço
Local: Casa da Praça
Praça Sant’Ana do Iapó, 10 – centro
CEP 84165-490 Castro/PR
Contato: (42)39062128
Visitação: de 07/04 a 06/05 de 2012
Horários: de terça a domingo
Das 09h às 11h30 e das 13h30 às 17h
(SEC) Informações:
(42) 39062270
tbmpalco@yahoo.com.br
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