Na sexta-feira (21) pela manhã, o Museu do Tropeiro e Casa de Sinhara receberam a visita de alunos e professores da Associação de Pais e Amigos do Deficiente Visual (Apadevi), de Ponta Grossa. A ação proporcionou uma nova experiência tanto para os participantes da Apadevi que possuem grau severo de deficiência visual, quanto para os profissionais que trabalham nestes espaços histórico-culturais de Castro.
“Esta foi uma visita diferenciada, pois o Museu do Tropeiro é um museu tradicional e ainda não está preparado para a acessibilidade universal. Mas, como a visita foi agendada com antecedência, conseguimos nos preparar para atender ao grupo da melhor maneira possível. Assim, programamos uma visita em que os visitantes pudessem manusear os materiais e perceber as dimensões e textura de alguns objetos do Museu”, explica a coordenadora do Museu do Tropeiro, Amélia Podolan Flügel.
Ao chegarem ao Museu, os visitantes foram recepcionados em uma das salas. Neste espaço, Amélia e a historiadora e funcionária do Museu, Milena Mayer, contaram um pouco sobre o tropeirismo - atividade econômica que originou a cidade de Castro - como eram as viagens, e sobre os utensílios que eram utilizados pelos tropeiros durante os meses em que permaneciam fora de suas casas. Os visitantes também ouviram uma música que reproduz o som das tropas e canção de Silvestre Alves, o cancioneiro da Rota, sobre o cotidiano dos tropeiros.
Em seguida, os visitantes – professores, alunos e alguns de seus familiares – puderam manusear alguns utensílios do Museu. Esta experiência foi acompanhada pela descrição feita por Amélia e Milena sobre a utilização destes materiais pelos tropeiros. Entre os objetos apresentados estiveram o cincerro - o sino que ia no pescoço da madrinha, a mula que seguia à frente da tropa –, cangalhas, e arreios. Também conheceram como era preparado o alimento no pouso tropeiro, com fogueiras feitas no chão, ferros de passar roupa a brasa, entre outros materiais da época.
E, depois de conhecer um pouco do cotidiano dos tropeiros, o grupo seguiu para a Casa de Sinhara, onde foi vez de descobrir como era a vida das esposas dos tropeiros, que durante as viagens de seus maridos eram responsáveis por cuidar das propriedades. A Casa retrata o modo de vida e os costumes das mulheres do séc XIX. O passeio por Castro terminaria com visita à Fazenda Capão Alto.
E, os vários comentários, brincadeiras e perguntas dos visitantes deixou claro que eles aprovaram o passeio. “A gente vive muito na imaginação. Passeios como o que fizemos em Castro, que uniu informação e o manuseio nos objetos, nos permitiu sair da imaginação e conhecer melhor como era a vida dos tropeiros”, destaca Elaine Cristina Pereira Pinto Machado, uma das alunas da Apadevi. “E, como era difícil a vida deste tropeiros, os objeto são todos grandes e pesados”, opina.
Uma das professoras da Apadevi que acompanhou o grupo, Euza de Farias da Silva, explica que a visita integra as ações em comemoração ao Dia da Consciência Negra. “Além da cultura negra, o foco das nossas atividades foi ressaltar a diversidade cultural da nossa região”, destaca.
Ao final da recepção, Amélia destaca o resultado do trabalho. “Foi uma visita muito prazerosa e uma experiência extremamente positiva, em que o Museu cumpre seu papel educativo”, frisa.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal de Castro
Nenhum comentário:
Postar um comentário